UM NOVO JEITO DE ESCREVER
Acordo vem para unificar a ortografia social dos países de língua portuguesa e aproximar nações.
Por Mariana Sgarioni
“A adopção de uma única ortografia entre países de língua portuguesa pode ser óptima.” Se este texto fosse escrito em Portugal, a frase anterior estaria corretíssima. Já no Brasil, a letra p (nas palavras adopção e óptima) está sobrando e parece um erro de digitação – apensar de todos sabermos que se trata do mesmo idioma. Do ponto de vista da ortografia, existem diferenças bastante relevantes na língua portuguesa. E não apenas entre os dois países. Nas outras seis nações que falam e escrevem o português (Angola, Cabo Verde, Guiné – Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor – Leste) ocorre o mesmo.
Para acabar com essas diferenças, foi criado, em 1990, um acordo ortográfico – que passou a vigorar no Brasil a partir de Janeiro deste ano. “A existência de duas grafias oficiais acarreta problemas na redação de documentos em tratados internacionais e na publicação de obras de interesse público”, defendia o filósofo Antônio Houaiss, o principal responsável pelo processo de unificação aqui, no Brasil.